quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
Robert Pattinson: impossível evitar, impossível não gostar
“Lua nova”, a segunda parte da saga “Crepúsculo”, chega aos cinemas do mundo todo na próxima sexta-feira (20). Pode até ser que você pense: “Credo, que coisa de adolescente”. Mas não vai conseguir escapar da onda que varrerá o planeta. E eu desconfio – na verdade, sei – que muitas mulheres (de 20, 30, 40…) adoram a série escrita por Stephenie Meyer. E mais: adoram Robert Pattinson, o ator que faz o vampiro Edward Cullen.
Eu também não entendia por que tanta confusão até assistir, bem atrasada, ao primeiro filme, uns dois meses atrás. Como cinema, “Crepúsculo” é ruim de doer. Nem os efeitos especiais e a maquiagem prestam, algo grave numa produção sobre vampiros. Mas foi fácil compreender a razão da febre. Edward Cullen é um vampiro romântico, sem aquela autoconfiança extrema que esses seres costumam ter. Ele se apaixona pela adolescente esquisita Bella (a igualmente esquisita Kristen Stewart). Morre de medo, no entanto, de não resistir a seus impulsos e machucá-la. Pior, tem medo de que ela seja ferida por algum dos outros vampiros que rondam o lugar. A relação entre sangue e sexo é explícita aqui. Mas isso faz com que ele seja o namorado dos sonhos de qualquer adolescente.
E não é só. Todos, principalmente aqueles do sexo masculino, podem falar mal de Robert Pattinson. Que ele não toma banho. Que ele tem cara de bêbado. A verdade, porém, é que fazia muito tempo, provavelmente desde Leonardo DiCaprio, que não surgia um cara com tanta pinta de galã como ele. E que mal há nisso? O cinema precisa disso. Robert Pattinson vende. Daí a capa da “Vanity Fair”, uma revista que está longe de ser adolescente. Daí a capa da “Entertainment Weekly”, a bíblia do entretenimento.
Intrigada, comecei a ver e ler as entrevistas do rapaz de 23 anos. E quer saber? Não dá para não gostar de Robert Pattinson. Primeiro, vamos combinar, o moço é um pouco novinho (certamente, novinho demais para meu gosto), mas realmente bonito – dê uma olhada no ensaio feito por Bruce Weber para a “Vanity Fair” e discorde se for capaz.
Segundo, ele transparece muita sinceridade e nenhuma arrogância, tão típica de jovenzinhos que começam a fazer sucesso. Pelo contrário: não se leva a sério, faz piada de si mesmo. “Parece bobo, mas de muitas maneiras meu cabelo é 75% da minha performance”, disse à “Entertainment Weekly” que chegou às bancas americanas na última sexta (13). Fora isso, acha que é o culpado por não saber lidar com o assédio – e é tanto que ele não consegue nem sair do quarto do hotel. “Acho que não sou o tipo de cara adequado para fazer uma franquia. Não sou muito de multidões”, declarou ainda à “VF”.
E ainda parece ter a intenção de ser um ator de verdade. Tanto que tem optado por projetos mais alternativos, como um western dirigido pela atriz Madeleine Stowe (“Unbound Captives”) e um drama romântico com Emilie de Ravin (“Remember Me”). Por tudo isso, dá para dizer com tranqüilidade que ele tem bem mais qualidades que 90% dos atores de 23 anos por aí. Então, deixem o garoto em paz.
Fonte: Marie Claire
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