quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Entrevista com a Kristen na GLOSS


A edição de dezembro da revista GLOSS (com a Grazi Massafera na capa) tem uma entrevista com a Kristen, em que ela fala sobre a fama e como lidar com essa parte do seu sucesso.

Não pudemos tirar os scans para vocês mas transcrevemos a entrevista completa para vocês lerem.

“Não sou boa em ser famosa”

Kristen Stewart virou celebridade master com a avalanche de sucesso da série Crepúsculo. Mas vive injuriada com a invasão de sua privacidade. Aqui, ela fala sobre sua fama de blasé e confessa: precisa aprender a lidar com o lado intrusivo da fama.
Por Harold Von Kursk

No meio da maratona mundial na qual anda enroscada para divulgar Lua Nova – o segundo filme da série Crepúsculo – Kristen Stewart admitiu: jamais leu os livros que inspiraram a saga cinematográfica¹. A atriz de 19 anos não é do tipo que faz tipo. Afirma, por exemplo, que o sucesso a interessa mais pelas vantagens profissionais do que pela fama. “O melhor dele é conseguir pegar os papéis que eu quero!”, comemorou ao saber que Crepúsculo faturou dez vezes mais do que o seu custo de US$ 37 milhões. Kristen tem familiaridade com Hollywood, que vem de berço: é filha do produtor de TV John Stewart e da diretora Jules Stewart. E já pode ser considerada veterana. Tem oito anos de estrada, 23 filmes – entre eles, trabalhos assinados por diretores como Sean Penn e Mike Figgis e atuações ao lado de nomes como Jodie Foster, Adam Brody, Sharon Stone… Em entrevista ao correspondente internacional de GLOSS, ela fala sobre como lida com a avalanche de virar celebridade.

Como o sucesso afetou a sua vida?
O assédio é maior por parte da mídia do que das pessoas, acredita? Eu ainda não me acostumei a responder questões sobre a minha vida pessoal aos jornalistas. Não tem rolado muita coisa comigo a não ser trabalho. Aí às vezes é estranho falar sobre mim. Encaro numa boa o fato de as pessoas serem curiosas… Só gostaria de ter coisas mais interessantes para contar (risos). Por outro lado, é exaustivo lidar com as suposições que os repórteres inventam.

Você tem fama, entre os repórteres, de ser blasé².
Estou tentando encontrar a minha própria voz. Sou muito apaixonada pelo meu trabalho, mas fico constrangida de demonstrar toda essa paixão. Ao tentar disfaçar essa intensidade, talvez eu pareça indiferente. Ao falar, deixamos de ter controle sobre as palavras. Ficar imaginando o que as palavras podem causar faz a gente ficar em guarda…Tudo o que você diz pode voltar para si mesmo, na forma de um chute na bunda… (risos) Não quero ser desse jeito, mas ainda estou tentando aprender a lidar com esse aspecto da profissão. Não sou boa em ser famosa (risos).

Como faz para escapar dos paparazzi?
Em geral, não saio do quarto de hotel. Mas, quando quero, sei como driblar os fotógrafos. Algumas vezes dou umas escapadas com a galera do trabalho. Tem dias em que você fica de saco cheio e simplesmente não liga de receber flashes na cara, ou de curtir uma balada sabendo que tem trinta fotógrafos do lado de fora. É um dilema eterno entre a vontade de ser uma pessoa normal e se divertir, e a certeza de que a sua diversão pode virar matéria de jornal e revista.

E como é essa sensação de ser observada?
Odeio a ideia de precisar me arrumar o tempo todo. Às vezes quero sair de jeans e camiseta, com o cabelo desarrumado de verdade – não aquele desarrumado produzido. Já vi atores saindo de restaurantes tentando parecer desligados quando sabiam que os paparazzi estavam esperando do lado de fora! Não sou o tipo de garota que adora passar o tempo pensando nos looks que vai usar. Agora que estou com os cabelos curtos toda hora alguém vem me dizer não gostou. Nem ligo.

Você tem muitas fãs mulheres?
Confesso: adoro as garotas que me adoram! Acho engraçado ser amada por elas porque esperava que acontecesse o contrário. Achava que iriam me odiar por eu estar numa posição privilegiada.

Você tem recebido muitas ofertas de trabalho?
Sim! E isso me anima muito. Houve momentos em que me candidatei para papéis que eu sabia que faria bem, mas que não vieram por me acharem nova demais ou pouco famosa. Ler um roteiro, apaixonar-se pelo personagem e não poder interpretá-lo é como ter tesão por alguém e não poder transar com a pessoa.

Por falar em tesão: a tensão sexual em Crepúsculo e em Lua Nova é muito intensa…
Sim! E em Lua Nova a Bella, minha personagem, sofre tanto por amor… O amor é provavelmente a emoção mais poderosa que existe. Todo mundo faz coisas loucas por causa do amor!

Como se comporta quando está apaixonada?
É impossível não sentir que estamos tateando no escuro quando o assunto é amor. A vida é assim, ou talvez essa seja a minha natureza. A coisa mais difícil é manter relacionamentos reais. Há sempre tantas expectativas em relação ao outro… É normal que seja assim, mas é preciso dar um jeito de conviver bem com elas, para evitar enlouquecer.

Você saiu da casa dos seus pais recentemente. O que está achando da experiência?
Morar sozinha tem sido ótimo, mas confesso que ainda passo muito tempo na casa dos meus pais. Eu fico no meu novo endereço até a comida acabar e aí volto para casa (risos). Ainda chamo de casa a casa deles. Gosto de lá, embora seja chato ter de lidar com os paparazzi que estão sempre de prontidão na área. Uma vez havia pelo menos vinte do lado de fora e tivemos de ficar com as cortinas abaixadas. É insano isso!

Você se envolve muito com seus personagens?
Eu literalmente tremo à noite, durante o sono, quando estou trabalhando. Nessas fases, tenho muito pouco tempo para mim mesma e isso dificulta um pouco que eu consiga me desligar. Quando as filmagens acabam, tento refletir sobre o quanto e como o personagem me afetou. Às vezes, no final de um filme tenho de me perguntar: “Onde estou eu?”.

No ano que vem, você viverá a roqueira Joan Jett no longa The Runaways. É difícil dar vida a alguém que estará na plateia do filme?
Estou nervosa e me sentindo intimidada, mas este é o melhor jeito de se sentir antes de fazer um trabalho. Estou animada com a música. Estou animada com Dakota [Fanning] interpretando Cherie [Currie, a vocalista do The Runaways, banda que fez sucesso nos anos 80]. É tudo intenso. Veja bem, eu vou cinematograficamente desvirginar Dakota Fanning (risos)!

Foi chato ter de cortar os cabelos para o papel?
Não. Eu quis sentir na pele como é ser a Joan.

Em que ponto da carreira gostaria de estar em cinco anos?
Eu não tenho nenhum grande plano. Ainda estou aprendendo a ser ambiciosa (risos). Tento focar no que estarei fazendo nos próximos três meses… Esse é o tempo máximo. Depois disso, o que tenho à minha frente é o grande desconhecido.

Fonte: Revista Gloss

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